sexta-feira, 25 de novembro de 2011
quinta-feira, 24 de novembro de 2011
quarta-feira, 26 de outubro de 2011
Conserva de Beterraba, Cenoura e Pimenta
Alimento infalível no tratamento da anemia e indispensável em dietas, a beterraba é um dos tubérculos mais consumidos no mundo inteiro. Com grande valor nutritivo, contendo hidratos de carbono, sais minerais, vitaminas A, B e C e alta carga de ferro, o vegetal traz segredos que podem ser descobertos ao tilintar das panelas.
Conserva de Beterraba
Ingredientes
1 cebola grande cortada em rodelas
1 copo de 250 ml de vinagre de vinho tinto
3 colheres (sopa) de azeite de oliva
3 dentes de alho amassados
1 colher (sopa) de orégano
1 kg de beterraba
Sal a gosto
Modo de preparo
Misture a cebola, o vinagre, o azeite, o alho o orégano e o sal. Reserve. Cozinhe as beterrabas inteiras, em panela de pressão, por cerca de 20 minutos. Descasque-as ainda quentes sob água corrente e corte-as em rodelas. Mergulhe-as no tempero. Podem ser servidas imediatamente, mas o sabor se acentua após algumas horas.
Rendimento
12 porções
Beterraba em conserva
Para 1 kg de beterrabas:
6 dl de água
1 colher de chá de sal
2 colheres de sopa de vinagre branco
Descascar as beterrabas e cortá-las em rodelas finas - tipo chips.
Ferver a água com o sal, retirar do fogo e juntar o vinagre.
Colocar as rodelas de beterraba em frascos esterilizados e encher até ao bordo com a água. Fechar muito bem e levar a criar vácuo numa panela com água a ferver, colocando dentro os frascos de maneira que fiquem completamente submersos. Deixe ferver em lume brando cerca de 10 minutos, desligue o fogão e retire os frascos quando a água arrefecer.
Conserva-se cerca de 1 ano.
Fonte: http://www.vivaviver.com.br
Rica em Vitamina A, B1, B2, B5, C, açúcar, ferro, cobre, potássio, silício,sódio, cloro, zinco,manganês.
Valor nutricional de 100g de beterraba crua*48,9 calorias; *9 g de hidratos de carbono; *3 g de proteínas; *0,1 g de lípidos (gorduras); *32 mg de cálcio; *40 mg de fósforo; *2,5 mg de ferro; *351 mg de potássio; *150 μg de ácido fólico; *5 mg de vitamina C e *2 g de fibras.
Os valores nutricionais da beterraba cozida ou em conserva não diferem muito dos da crua. Estudos comprovam que o consumo de meio litro de suco de beterraba por dia pode ajudar a baixar a pressão arterial, pois apresenta nitrato em sua composição, substância que provoca
hipotensão.
Ingredientes
1,0 kg de beterraba crua
Lavar e higienizar as beterrabas.
Cozinhá-las com casca, até que seja possível penetrar o garfo sem fazer força. Descascá-las e
cortá-las, conforme mostrado ao lado.
1 parte de vinagre de álcool (250mL)
2,5% de açúcar cristal (25g)
2,0% de sal refinado (20g)
3 partes de água potável (750mL)
Misturar em uma panela a água, o açúcar e o sal. Ferver e, quando estiver fervendo, acrescentar o vinagre. Deixar ferver por mais 5 minutos.
Verter sobre os potes de vidro previamente cheios com as beterrabas.
Distribuir os potes na panela contendo água fervente, aguardar levantar fervura e manter fervendo por 15-20 minutos.
Com o auxílio de uma faca, retirar as bolhas de ar que se formam nos potes. Logo após a retirada
das bolhas de ar, completar com a salmoura até transbordar. Fechar imediatamente com tampas
metálicas novas.
Após o tempo de fervura, fazer o resfriamento, conforme mostrado na figura, até atingir temperatura em torno de 37-40ºC (isto é verificado encostando o pote de vidro no rosto e sentindo-o quente sem queimar).
Aguardar 10 dias para que o produto entre em equilíbrio e possa, então, ser consumido.
fonte : EMBRAPA
CENOURA
| |||
recomendadas, ajuda a regular as funções intestinais, estimular o apetite e prevenir problemas de visão. Todas essas vantagens estão presentes em novas formas de consumo de cenoura. |
Conserva de Cenoura - Lave muito bem as ceouras novas e raspe as cascas, com uma faca.
Corte-as em rodelas com uma faca; leve-as ao fogo, cobertas por água temperada com sal. Quando levantar fervura, retire-as do fogo e escorra a água. Deite as cenouras e cubra-as com vinagre. Tempere-as com sal, pimenta, louro e gengibre e feche os vidros em seguida. Deixe os vidros ferverem durante 20 minutos, segundo as instruções gerais.
a) uma panela ou caldeirão grande;
b) uma grade colocada no interior da panela para evitar que os potes se quebrem ou rachem ao contato direto com o fundo da panela;
c) potes apropriados para conservas que podem ser de vários tipos: de gancho, de rosca, de pressão;
d) facas de aço inoxidável e colher de pau.
Verifique se os vidros funcionam bem, enchendo-os de água quente, ajustando as tampas e virando-os para baixo: se a água não escapar, os vidros estão bons.
Depois do teste, esvazie os vidros, lave-os bem, assim como suas tampas, com água e sabão, e coloque-os no caldeirão, deixando-os ferver por 20 minutos.
Deixe esfriar os potes dentro da própria panela (tampada até a hora de utilizá-los).
Escolha e lave com cuidado os alimentos, que devem estar perfeitos, em água corrente. Prepare-os de acordo com a receita, coloque-os no pote e feche bem o vidro. (Se a tampa tiver anel de borracha, veja se está bem centralizado).
Coloque os potes na panela em cima da grade e cubra-os com água fria até ultrapassar suas tampas (cerca de dois dedos). Deixe ferver durante o tempo estabelecido na receita.
Desligue o fogo e deixe a água esfriar. Retire os potes, colocando-os em cima de um pano seco até a conserva esfriar completamente. Enxugue e guarde. Não mexa nem aperte as tampas ou roscas enquanto o vidro estiver quente.
CONSERVA DE CENOURAS
4 cenouras
sal e pimenta
3 dentes de alho
1 colher de chá de colorau
1 colher de chá de erva doce
1 raminho de salsa
1dl de vinagre
sal e pimenta
3 dentes de alho
1 colher de chá de colorau
1 colher de chá de erva doce
1 raminho de salsa
1dl de vinagre
Descasque as cenouras, lave-as e coza-as inteiras em água temperada com sal durante 25 minutos.
Depois de cozidas escorra-as e deixe-as arrefecer. Corte-as às rodelas grossas para dentro de uma tigela, junte-lhes os alhos picados, o colorau e a erva-doce, assim como o raminho de salsa picado e um pouco de pimenta e envolva bem.
Coloque dentro de um frasco de vidro (ou de um frasco que feche hermeticamente) e junte o vinagre, agitando um pouco.
Tape e reserve em local fresco e escuro durante 3 ou 4 dias antes de servir.
Depois de cozidas escorra-as e deixe-as arrefecer. Corte-as às rodelas grossas para dentro de uma tigela, junte-lhes os alhos picados, o colorau e a erva-doce, assim como o raminho de salsa picado e um pouco de pimenta e envolva bem.
Coloque dentro de um frasco de vidro (ou de um frasco que feche hermeticamente) e junte o vinagre, agitando um pouco.
Tape e reserve em local fresco e escuro durante 3 ou 4 dias antes de servir.
PIMENTA
As pimentas e os pimentões pertencem à família Solanaceae e ao gênero Capsicum. É cultivada principalmente nos estados de MG, BA e GO. Consumidas no Brasil, principalmente na forma de conserva de fruto inteiro em vinagre ou azeite.
A pungência ou picância das pimentas deve-se a presença da capsaicina. A substância química que dá à pimenta o seu caráter ardido é exatamente esta que possui as propriedades benéficas à saúde. A capsaicina têm propriedades medicinais comprovadas, atua como cicatrizante de feridas, antioxidante, dissolução de coágulos sanguíneos previne a arteriosclerose, controla o colesterol, evita
hemorragias, aumenta a resistência física. Além disso, influencia a liberação de endorfinas, causando uma sensação de bem-estar muito agradável, na elevação do humor.
Ingredientes
- pimentas dedo de moça, partidas ao meio e sem sementes
- 2 dentes de alho
- 2 colheres de chá de sal marinho
- 2 a 3 limões (depende do tamanho)
- 1 vidro vazio esterilizado (esse vidrinho aí tinha uns 8cm de altura)
Importante: Tirei a semente senão o negócio ia ficar brabo e coloquei limão, ao invés de azeite ou óleo, porque senão ia ficar forte também.
- pimentas dedo de moça, partidas ao meio e sem sementes
- 2 dentes de alho
- 2 colheres de chá de sal marinho
- 2 a 3 limões (depende do tamanho)
- 1 vidro vazio esterilizado (esse vidrinho aí tinha uns 8cm de altura)
Importante: Tirei a semente senão o negócio ia ficar brabo e coloquei limão, ao invés de azeite ou óleo, porque senão ia ficar forte também.
Para esterilizar o vidro
Peguei uma caneca grandona e coloquei o vidro limpo dentro. Coloquei água e levei ao microondas por 3 minutos, até a água ferver e pipocar pra fora. Tirei a caneta com cuidado e peguei o vidro com um pano limpo. Sequei sem encostar as mãos no vidro e deixei reservado.
Peguei uma caneca grandona e coloquei o vidro limpo dentro. Coloquei água e levei ao microondas por 3 minutos, até a água ferver e pipocar pra fora. Tirei a caneta com cuidado e peguei o vidro com um pano limpo. Sequei sem encostar as mãos no vidro e deixei reservado.
Para preparar a pimentar
Parti ao meio todas as pimentas e tirei as sementes. Use luvas ou tome bastante cuidado, pois sem querer você pode passar as mãos nos olhos. Lave as pimentas em água corrente e deixe secar em cima de um pano limpo. É importante que as pimentas estejam secas, antes de ir para o vidro, senão sua conserva irá mofar.
Parti ao meio todas as pimentas e tirei as sementes. Use luvas ou tome bastante cuidado, pois sem querer você pode passar as mãos nos olhos. Lave as pimentas em água corrente e deixe secar em cima de um pano limpo. É importante que as pimentas estejam secas, antes de ir para o vidro, senão sua conserva irá mofar.
Para preparar a conserva
Disponha as pimentas em pé, dentro do vidro, até não caber mais. Encha o vidro com o suco dos limões (sem sementes), coloque o sal e os dentes de alho em cima. Tampe bem, dê uma sacodida de leve no vidro e reserve em local seco por alguns dias, antes de consumir. Não abra o vidro antes, só pra ficar cheirando a pimenta.
Disponha as pimentas em pé, dentro do vidro, até não caber mais. Encha o vidro com o suco dos limões (sem sementes), coloque o sal e os dentes de alho em cima. Tampe bem, dê uma sacodida de leve no vidro e reserve em local seco por alguns dias, antes de consumir. Não abra o vidro antes, só pra ficar cheirando a pimenta.
PIMENTA MALAGUETA - QUANTIDADE À GOSTO
* 1 DENTE DE ALHO
* 1 COLHER DE SOBREMESA DE PIMENTA CALABRESA DESIDRATADA
* 1 COLHER DE CHÁ DE PIMENTA DE LIMÃO EM PÓ
* 1 COLHER DE CHÁ DE ALECRIM DESIDRATADO
* 1 COLHER DE CHÁ DE SAL
* CACHAÇA À GOSTO
* AZEITE À GOSTO
PRIMEIRAMENTE ESTERILIZE UM VIDRO COM TAMPA HERMÉTICA EM ÁGUA FERVENTE.
COLOQUE A PIMENTA MALAGUETA - SEM OS CABINHOS - DENTRO DO VIDRO. ACRESCENTE O ALHO PICADO, A PIMENTA CALABRESA, A PIMENTA DE LIMÃO, O ALECRIM, O SAL, A CACHAÇA E O AZEITE.
FECHE O VIDRO E AGITE-O PARA QUE OS INGREDIENTES SE MISTUREM.
MANTENHA O VIDRO NA GELADEIRA POR 7 DIAS ANTES DE INICIAR O CONSUMO.
A CONSERVA DEVE SER MANTIDA SEMPRE NA GELADEIRA PARA EVITAR A FERMENTAÇÃO.
# A CACHAÇA PODE SER SUBSTITUÍDA POR VINAGRE.
# CASO DESEJE MANTER A CONSERVA FORA DA GELADEIRA, É NECESSÁRIO FAZER OBRANQUEAMENTO DA PIMENTA MALAGUETA PARA QUE ELA NÃO FERMENTE.
ALÉM DISSO, A CONSERVA DEVERÁ SER MANTIDA EM LOCAL FRESCO E AREJADO - LONGE DO SOL.
http://www.youtube.com/watch?v=b-jSRaI1b3E
FONTE:
sexta-feira, 21 de outubro de 2011
Extraindo o Dna do Morango
Objetivos |
O objetivo geral dessa atividade é mostrar a importância da química e da biologia como uma forma de pensar e falar sobre o mundo, que pode ajudar o cidadão a participar da sociedade industrializada e globalizada, na qual a ciência e a tecnologia desempenham um papel cada vez mais importante, sobretudo no que se referem as importantes conquistas da ciência para a nossa vida. O objetivo específico dessa experiência é entender os conceitos de genética básica e demonstrar como podemos identificar e extrair o DNA do morango como um bom modelo para esse tipo de estudo e atividade prática. |
Introdução |
A química trata das mais diversas questões e entre toda essa diversidade ela trata de questões relacionadas à vida como um todo, mas o ramo da química que trata essas questões vitais é a bioquímica. Utilizando a bioquímica nós trataremos de algumas questões relacionadas ao DNA. Começaremos descrevendo o que é o DNA. Todos os organismos vivos armazenam todas as suas informações genéticas codificadas e contidas nos ácidos nucléicos (DNA, ácido dioxirribonucléico e RNA ácido ribonucléico). A molécula de DNA é conhecida como a molécula da hereditariedade, pois dentro dela estão contidas todas as informações genéticas das quais o novo indivíduo necessita para ser formado. Na molécula de DNA existem duas longas fitas de nucleotídeos que se enrolam formando uma estrutura de dupla hélice. Essa molécula se auto-reproduz e sintetiza o RNA que é uma fita simples que atua na síntese de proteínas. Cada nucleotídeo é composto por um açúcar, uma base e um fosfato, o açúcar é uma pentose do tipo desoxirribose no DNA e ribose no RNA. As bases são de 4 tipos A (adenina), C (citosina), T (timina ), G (guanina) para o DNA. No RNA a base T(timina) é substituída pela base U (uracila). Para as duas fitas se ligarem e enrolarem formando uma dupla hélice, as bases se conectam através de ligações formando pontes de hidrogênio entre as bases complementares (A e T, G e C no caso do DNA e no caso do RNA A e U). Quando ocorre a duplicação do DNA uma enzima separa as duas fitas da dupla hélice, e a informação contida no DNA é transferida para uma molécula de RNA, essa molécula é muito semelhante ao DNA, porém é constituída de um único filamento e sua função é reproduzir a seqüência de um dos filamentos do DNA, atuando como intermediário na construção de uma proteína. Cada uma das hélices do DNA serve como molde para a construção do novo DNA [1] |
Material |
Materiais Utilizados Vidrarias e Equipamentos Utilizados: • Béqueres de 250 ml • Béqueres de 100 ml • Proveta • Tubo de ensaio • Bastão de vidro Reagentes e Substâncias: • Água mineral • Água destilada • Detergente incolor • ½ morango • Álcool |
Procedimento |
Procedimento Experimental / Resultados e Discussão Extração do DNA do morango Em um béquer de 250 ml foram adicionados 90 ml de água mineral, 5 ml de detergente incolor e 1,5 g de NaCl, preparando uma solução de extração. Com o auxílio do almofariz e do pistilo, foi macerado ½ morango (sem as sépalas), em seguida mistura-se o morango macerado à solução de extração mexendo rigorosamente por 1 minuto. Em um funil pequeno foi colocado o filtro de papel, filtrando a solução preparada anteriormente (junto com o morango macerado), em um tubo de ensaio grande, preenchendo apenas ⅛ de seu volume. Devagar adiciona-se álcool bem gelado até a metade do tubo (deixando-o escorrer pela parede do tubo). Na primeira tentativa foi possível observar que houve a precipitação de uma quantidade muito pequena de DNA, então mergulhou-se um palito de madeira na solução, porém não ocorreu o que se pretendia com tal procedimento, que seria a precipitação de mais fitas de DNA para a melhor visualização. Apenas na terceira tentativa foi obtido o resultado desejável, ou seja, assim que foi adicionado o álcool bem gelado houve a precipitação de uma grande quantidade de fitas de DNA do morango. Pôde-se observar melhor a fita de DNA retirando-a com o palito de madeira. |
quinta-feira, 29 de setembro de 2011
A QUÍMICA E SUAS MOLÉCULAS
“A química é tudo explosões e cheiros”. Nem todos os estudantes de química são atraídos para os cheiros e explosões do laboratório. Felizmente, existem várias moléculas orgânicas que cheiram muito bem. Experimentamos estas substâncias diariamente – quando usamos um gel de banho perfumado, saboreando as nossas refeições com ervas aromáticas, ou metendo o nosso nariz profundamente numa rosa. O ensino da química orgânica das fragrâncias naturais deverá motivar, até aqueles que detestam o lado tóxico e perigoso da química, a olhar para as fórmulas estruturais e as suas funcionalidades. Para serem perceptíveis para o nosso nariz, os compostos químicos devem ser lipofilícos, pequenos (peso molecular <300 Da) e voláteis. As moléculas das fragrâncias escapam do seu fluído ou até do estado sólido para o ar. |
O tecido sensitivo, chamado epitélio olfatório, é uma membrana da mucosa que se situa no cima da cavidade nasal. Os odores chegam a esta área aproximadamente 7 cm acima das narinas) no ar que nós respiramos; se por vezes o cheiro é familiar, cheiramos duas ou três vezes mais, forçando mais ar e mais fragrância a chegar á membrana sensitiva. Ali, as moléculas são dissolvidas na mucosa e ligam-se aos receptores olfativos que estão presentes no plasma da membrana das células sensitivas. As células enviam impulsos nervosos para o nosso cérebro, o qual aprende a associar o cheiro com a substância original (como uma rosa), permite-nos reconhecer o objecto até quando o objecto está escondido (como quando entramos em casa e percebemos que está um bolo no forno) ou então classificá-lo como desconhecido (como quando vamos pela primeira vez a um restaurante exótico).
Propriedades químicas semelhantes – cheiros semelhantes
Organizar os cheiros num número limitado de distintas classes não é tão fácil como definir os sabores básicos (doce, azedo, salgado e amargo). Os atributos típicos dos cheiros são: floral (jasmim), picante (gengibre, pimenta), afrutado (acetato de etilo), resinoso (fumo de resina), sujo (ovos podres) e queimado (carvão). Musk (muscona), câmfora, ranço (ácido isovalérico, ácido butírico) e pungente (ácido fórmico, ácido acético), são frequentemente adicionados a esta lista. Focando a concentração nos detalhes químicos, os grupos funcionais das moléculas das fragrâncias podem ser relacionados com odores característicos (Tabela 1). Os cheiros dos álcoois n- alifáticos, por exemplo, variam entre o herbal, rosa e madeira até ao laranja. Em contraste, os ácidos n- alifáticos cheiram a gordura, azedo, rançoso ou doce. Os aromas das frutas são ésteres compostos de ácidos orgânicos alifáticos pequenos com álcoois. Diferenças subtis na composição química levam a distintos cheiros, como o aroma de ananás do butirato de etilo e o aroma de albricoque do butirato de pentilo. Os cheiros vegetais dependem frequentemente de compostos organosulfurados. Uma estrutura em anel com um nitrogénio pode cheirar a comida assada ou fermentada, enquanto álcoois aromáticos (fenóis) são os componentes dos alimentos fumados.
A maioria dos exemplos na Tabela 1 é escolhida a partir de diferentes tipos de alimentos para tornar mais fácil a demonstração dos odores. Pode distribuir aleatoriamente amostras de plantas e comida numa superfície grande, e pedir aos estudantes para agrupar as amostras expostas de acordo com o seu cheiro (pode ajudá-los limitando os atributos a: “floral”, “rançoso”, “afrutado”, “vegetal”, “picante” e “fumado”). Quando os estudantes terminarem, deixá-los comparer os seus resultados com a classificação química da Tabela 1.
Tendo em conta as características estruturais, a questão seguinte é como usar o cheiro para distinguir entre estas diferenças nos grupos funcionais, tamanhos e forma global das moléculas. Em vários processos fisiológicos que ocorrem nas membranas celulares, um receptor é activado após a ligação de um substrato ao seu meio extra celular. Este princípio é frequentemente visto como uma chave que encaixa numa fechadura – apenas a chave correcta abre a fechadura correspondente – ou seja o ligando tem uma grande especificidade para o local de encaixe no receptor.
Tabela 1: Classificação de compostos orgânicos voláteis de acordo com os seus grupos funcionais e odores carcterísticosGrupo Funcional | Fonte | Exemplo | Cheiro |
Álcool -OH | Plantas | Geraniol, linalool Mentol Aroma- álcoois activos> c3 | Fresco, floral Menta Doce ou pungente |
Aldeido; cetona -CHO; >C=O | Gordura Produtos lácteos | Diacetil | Como a manteiga |
Ácido (C1-C12) -COOH | Queijo | Àcido Fórmico Ácido cáprico | Pungente Como queijo de cabra |
Éster, lactona -COOR | Solvente (químicos usados como solventes ) Fruta | Acetato de etilo Butirato de Metilo/etilo Acetato de Amilo/butilo Butirato de pentilo | Cola Ananás Banana Pêssego |
Pirazina aromatica =N- | Comidas assadas ou fermentadas | 2-isobutil-3-metoxipirazina 2-acetil-tetrahidro-piridina | Earth, spice, green pepper Popcorn |
compostos de S-: alifáticos, aromáticos | Vegetais | Dialildisulfeto Ácido 1,2-ditiolano-4-carboxilico | Alho Espargos |
Fenóis (mono-, poli-) | Alimentos fumados | Guaiacol Cresol | Fumo de madeira |
Receptores de odores
Algumas das características mais fascinantes da fisiologia do cheiro foram descobertas pelos vencedores do Prémio Nobel de 2004, Linda Buck e Richard Axel. Em contraste com o modelo simples mas específico da chave-fechadura que governa o sabor, o cheiro é governado por uma série de células sensoriais. Um tipo de molécula de fragrância interage com mais que um tipo de receptor, portanto a sensação global é criada por uma combinação de receptores activados. Quando testaram uma série de álcoois n-alifáticos em neurónios de ratos, Buck e os seus colaboradores descobriram que grupos de neurónios olfatórios eram activados. Por exemplo, o pentanol estimula fracamente um receptor chamado S3; o hexanol activa fortemente os receptores S3 e S25; o heptanol activa o S3, S19 e S25; o octanol activa o S18, S19, S41 e S51; e o nonanol activa o S18, S19, S51 e S83. Assim uma única molécula é reconhecida especificamente por múltiplos recptores odoríferos que trabalham em conjunto.
Este padrão de activação de receptors cria um vasto reportório de odores perceptíveis. De facto, estima-se que seremos capazes de recordar cerca de mil odores e distinguir entre uma ordem de magnitude mais, dependendo da nossa idade, experiência e sensibilidade natural. A nossa habilidade linguística para nomes de cheiros, fica no entanto atrás da habilidade do nosso nariz para distingui-los. A indústria alimentar treina peritos em reconhecer diferenças subtis dos cheiros. Por exemplo, os óleos essenciais diluídos ou compostos isolados representando um certo aroma são aplicados numa tira de papel inodoro e colocados num frasco de vidro (ver abaixo) .
Numa experiência destas, pode fornecer aos alunos orégão (1% carvacrol em propilenoglicol), rosa (1% óleo essencial em etanol), limão (10% óleo essencial em etanol), canela (5% cinamaldeído em propilenoglicol), aroma de fruta (5% em propilenoglicol) ou amêndoa amarga (1% benzaldeído em propilenoglicol). Tanto o aluno pode escolher duma lista de 20 odores como ele ou ela é questionado para descrever e nomear o cheiro sem a ajuda dos atributos (ver Experiência 1 na actividade da aulaw1). | Apresentação das amostras par um teste de cheiros. Os reservatórios de vidro contêm tiras de papel embebidas em óleos essenciais diluídos Imagem cortesia de Angelika Börsch-Haubold |
Os alunos identificando os cheiros Imagem cortesia de Angelika Börsch-Haubold | Uma pessoa não treinada pode associar correctamente um cheiro com a sua fonte ou qualquer coisa que a contenha, mas falha na identificação da substância original. No decorrer duma avaliação sensitiva de comida que eu recentemente ministrei, apenas metade dos estudantes reconheceram o aroma do orégão; um quarto confundiu-o com tomilho ou manjerona, as quais são ervas relacionadas com aromas bem distintos. Contudo, alguns estudantes associaram correctamente o odor com sopa de tomate, a qual pode estar temperada com orégão. Dois terços dos alunos reconheceram o cheiro das rosas, alguns estudantes associaram correctamente com flores similares como o lilás ou a melissa ou com perfume, mas outros sugeriram incorrectamente menta, medicamentos ou pimenta. Quase todos os alunos reconheceram a amêndoa amarga, menta e canela, mas falharam a identificar a salvia e coentro. |
Pequenas modificações na estrutura química – cheiros diferentes
A afinação da nossa maquinaria receptora permite-nos distinguir entre moléculas quimicamente semelhantes. Muitas fragrâncias tem origem em plantas, e as plantas produzem produtos que podem ser usados para demonstrar como pequenas mudanças na estrutura química de uma molécula odorante dá lugar tanto a um cheiro completamente diferente como pelo menos a um cheiro distinto (ver esquemas). Os exemplos são apresentados partindo dos seguintes princípios químicos:
- A elongação da cadeia carbonada: a adição de dois grupos metileno (‑CH2‑CH2‑) á molécula odorante do coco, g-nonalactona, dá origem ao odor do pêssego; a inserção de um grupo vinil (‑CH=CH‑) no benzaldeído (amêndoa amarga) dá origem ao cinamaldeído (canela).
- A mudança de um grupo functional: substituir o grupo aldeído da molécula de vanilina com um grupo alil (‑CH2‑CH=CH2) dá eugenol, a fragrância das couves. O álcool 1-butanol cheira a pungente enquanto o seu correspondente ácido carboxílico (ácido butiríco) cheira a ranço, manteiga ou vomitado.
- A adição de um grupo funcional: adicionando um grupo metóxi ao benzaldeído altera o seu cheiro de amêndoas para anis.
- Posição do grupo functional: o carvacrol, que tem um grupo –OH a seguir ao grupo ‑CH3, cheira a orégão, enquanto o timol, que tem um grupo –OH a seguir ao grupo ‑CH(CH3)2, cheira a tomilho; 1-propanol cheira como o etanol, enquanto o 2-propanol tem um cheiro doce (os números reflectem a posição do grupo –OH).
- Troca do grupo alifático e do anel aromático: substituindo o anel de benzeno do timol com ciclohexano produz mentol que tem um cheiro completamente diferente.
- Diferenças estereoquímicas: normalmente, um enantiómero de uma molécula aromática quiral exibe um odor forte enquanto o outro o do outro é fraco. Excepções notáveis são a (S)-(+)-carvona (o ingrediente aromático das sementes de alcaravia) e (R)-(–)-carvon4 (hortelã). O (S)-(–)-limoneno cheira a turpentine (pinheiro) mas o (R)-(+)-limoneno cheira a laranjas.
Compostos quimicamente semelhantes cheiram diferente Imagem cortesia de Angelika Börsch-Haubold |
Contudo, existem compostos que são estruturalmente diferentes mas cheiram de um modo similar. O ciclooctano, a cânfora e o 1,8-cineol tem todos um odor cânforico, apesar do cilooctano consistir numa estrutura ciclíca carbonada (C8H16), enquanto a cânfora e o 1,8-cineol serem ambos biciclos com um grupo funcional contendo um oxigénio. O chamado ‘toque verde’ das frutas e vegetais verdes (não maduros), que é adicionada aos cosméticos para dar um toque de frescura, vem de um grupo de compostos relacionado com os aldeídos C6 (cis-3-hexenal: tomates frescos; cis-2-hexenal: maçãs frescas; trans-2-hexenal: chá verde e preto, tomates frescos).
As plantas são as fábricas naturais de perfumes
Pelo uso de uma grande variedade de odores contidas nas plantas, pode-se combinar a química orgânica com a fisiologia do cheiro para demonstrar o quanto podemos perceber o nosso ambiente sem tomar realmente consciência disso. Se pretende focar a atenção no treino do sentido do cheiro, pode pedir aos estudantes para seleccionar diferentes soluções de um odorante por aumento de intensidade (ver experiência 2 nas actividades em sala de aulaw2). Estas duas actividadesw1, w2devem estimular os estudantes para ligar situações do dia-a-dia com a química e torná-los curiosos acerca da descrição do nosso mundo em termos de compostos químicos. | Lavanda Imagem cortesia de Angelika |
Fontes
Buck LB (2004) Unraveling the Sense of Smell. Nobel Lecture, 8 Dec, Stockholm, Sweden.
Busch-Stockfisch M (ed; 2005) Praxishandbuch Sensorik in der Produktentwicklung und Qualitätssicherung. Hamburg, Germany: Behr’s Verlag
Malnic B, Godfrey PA, Buck LB (2004) The human olfactory receptor gene family. Proceedings of the National Academy of Sciences USA 101: 2584-2589
Malnic B, Hirono J, Sato T, Buck LB (1999) Combinatorial receptor codes for odors. Cell 96: 713-723
Steinegger E, Hänsel R (1988) Lehrbuch der Pharmakognosie und Phytopharmazie. 4th Ed. Berlin, Germany: Springer-Verlag
Opinião
Os alunos podem ser agradávelmente surpreendidos pela descoberta de que os compostos químicos não são apenas responsáveis pelos efeitos potencialmente perigosos e/ou desagradáveis, mas dar origem a agradáveis odores e sabores. As actividades que Angelika Börsch-Haubold apresenta aqui podem ser usados para demonstrar que a base dos cheiros reside na Química e que os nossos narizes são sensores químicos extremamente sensíveis, capazes de detectar variações subtis na estrutura molecular.
O artigo é aplicável á química orgânica em geral, com relevância especifica á tecnologia alimentar. Pode ser interligado com uma discussão do uso de aditivos alimentares de origem não natural ou à modificação genética de alimentos. Pode ser igualmente útil como apoio para a demonstração dos sentidos.
Matthew Fletcher, Reino Unido
Matthew Fletcher, Reino Unido
Marcadores:
ÁCIDOS CARBOXÍLICOS,
ÁLCOOL,
ALDEÍDOS,
ÉSTERES
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